Los Huesos (2021) - Cristóbal León, Joaquín Cociña | A política e o horror...
Sinopse:
Enquanto o Chile esboça uma nova constituição, surge o primeiro filme de animação em stop-motion do mundo. Uma menina faz um ritual exorcista para libertar o Chile de sua herança feudal. Entre uma dança de ossos e órgãos, os espíritos de dois Secretários do Estado amaldiçoados são convocados.
Crítica:
Acerca do que consideramos horror, há uma pequena infelicidade quando o associamos à política, esta sendo causa das maiores atrocidades sociais. E o filme brinca, brinca até não ser mais uma brincadeira: a comédia se transforma no bizarro, no grotesco. O grotesco por si só não demarca valor, não transpõe uma ideia, um objetivo; no entanto, faz da eficácia um show. Nesse caso, o show é um ritual.
E o que é horror? Horror e terror são termos correlativos, mas eu gosto de classificá-los em: horror = bizarro | terror = medo. E Los Huesos é um caso muito forte de como o grotesco casa com a beleza através do método de filmagem. Um curta-metragem é uma arte extremamente difícil de se praticar, é um universo amplo que se limita a um pequeno recorte. Jorge Furtado, cineasta brasileiro, diz que o roteiro de um curta-metragem bom é limitado entre 7 a 12 páginas, e uso isso como referência para enfatizar que o trabalho feito em Los Huesos é exímio! O filme de 14 minutos é um universo limitadíssimo, mas com um potencial instigante e imaginativo enorme! O que houve após este ritual? O que aconteceu à personagem? E todas essas dúvidas fazem com que o curta cresça imensamente.
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